
A mesma empresa que monitorou os tempos da Olimpíada de 1932 é a responsável por criar um novíssimo sistema de inteligência artificial para os Jogos de Tóquio. Segundo a empresa, o desafio é sempre o mesmo: garantir o máximo de precisão ao apontar o vencedor de uma prova de velocidade, ou o momento exato do término de uma partida.
A empresa se preparou durante quatro anos para as novidades dos Jogos de Tóquio, onde serão usados sistemas de visão computacional e sensores de movimento em competições de natação, ginástica artística e vôlei de praia. Em entrevista à Wired americana, Alain Zobrist, diretor da Omega Timing, disse que uma das maiores dificuldades foi ensinar o sistema de AI a jogar vôlei de praia.
"No vôlei, vamos usar sistemas IA não apenas para rastrear os atletas, mas também a bola", disse o executivo à publicação. 180 engenheiros fazem parte do departamento de pesquisa & desenvolvimento da empresa, que começou a trabalhar nos sistemas usados hoje em 2012, segundo Zobrist. O objetivo era conseguir coletar, medir, processar e transmitir todos os dados de uma competição em um décimo de segundo, para dar ao espectador a sensação de ter acesso aos dados em tempo real.
Uma das dificuldades foi manter o rastreamento da bola, mesmo quando está fora do campo, ou sua visão está sendo bloqueada por um atleta. Para isso, foi necessário calibrar o sistema para prever a sua trajetória quando está fora da visão, e depois recalcular quando volta. "Foi um dos momentos mais difíceis para nós", disse o diretor.
Fonte: Época Negócios Globo